sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

BOLSONARO DIMINUI TRANSPARÊNCIA E COLOCA EM RISCO O COMBATE A CORRUPÇÃO.


Não demorou muito pra velha política começar a dar as cartas e aparecer no governo Bolsonaro,eleito como uma promessa e renovação política, Bolsonaro despertou em seus admiradores a sensação de segurança e que seria o grande símbolo do combate a corrupção, em menos de 30 dias o novo governo tratou de desiludir seus eleitores e de uma vez só apresentou duas medidas que visam justamente o contrário do pregado durante a campanha.

Combate a corrupção e transparência não parecem ser o forte do governo de Jair Bolsonaro


Fim da transparência pública.

Na tarde de ontem o presidente em exercício Hamilton Mourão assinou um decreto que diminui a transparência e põe em risco à lei de acesso a informação.
O decreto publicado nesta quinta, 24, no Diário Oficial da União permite que funcionários comissionados e de segundo escalão imponham sigilo a documentos públicos. Na prática, a mudança resultará em menos transparência nas decisões administrativas de governos e órgãos públicos.

Criada em 2009, à lei de acesso a informação visa dar mais transparência a atos do governo e tornar público gastos com a máquina e dar direito a qualquer cidadão a consultar informações importantes, a lei de acesso a informação é um marco civilizatório da democracia brasileira, por meio dela, é possível, por exemplo, saber quanto o gabinete de cada deputado, senador, governador, vereador e prefeito gastaram e como foi usado o dinheiro público, a lei de acesso a informação que visa dar mais transparência também a documentos que antes necessitava da autorização, essa classificação dos documentos só podia ser feita pelo presidente e vice-presidente da República, ministros de Estado e autoridades equivalentes, além dos comandantes das Forças Armadas e chefes de missões diplomáticas no exterior.

Gal Hamilton Mourão assinou decreto que diminui a transparência 
Com o decreto, servidores comissionados e dirigentes de fundações, autarquias e empresas públicas poderão impor sigilo ultrassecreto a dados públicos, dificultando assim o trabalho da imprensa e o acesso dos cidadãos na vigilância dos gastos públicos e atos do governo.

Além do grau máximo de ultrassecreto, há outros níveis de classificação que agora poderão ser adotados pelos comissionados. São eles o secreto, que impõe 15 anos de sigilo, e o reservado, limitado a 5 anos.

Governo quer excluir parentes de políticos da lista de monitoramento do COAF

O governo de Bolsonaro por meio do Banco Central quer excluir parentes de políticos da lista de monitoramento obrigatório das instituições financeiras. A autarquia propõe ainda derrubar a exigência de que todas as transações bancárias acima de R$ 10 mil sejam notificadas ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Pelas regras em vigor desde 2009, pais, filhos, companheiros e enteados de pessoas consideradas politicamente expostas, entre elas os políticos, são alvo de uma vigilância mais rigorosa dos bancos, com o objetivo de monitorar e coibir eventual lavagem de dinheiro com origem em desvio de recursos do Estado.

Sérgio Moro e seus aliados da velha política, não mudarão a realidade do Brasil
São pessoas politicamente expostas (PEP no jargão usado em órgãos de controle) políticos eleitos para o Executivo e Legislativo federais, membros da alta corte do Judiciário, governadores, prefeitos e presidentes de tribunais de Justiça e de contas estaduais.
A proposta de retirada dos parentes da lista de vigilância dos bancos não caiu bem entre membros do Judiciário e da Polícia Federal consultados pela Folha.

“Usar parentes é dinâmica contumaz quando a intenção que subjaz é a ocultação do real beneficiário. E familiares são sim formas de interposto. Tirá-los é uma fragilidade que precisa ser corrigida”, afirma Marcos Camargo, presidente da associação dos peritos criminais federais.

O monitoramento facilita o acesso a informações mais detalhadas pelos investigadores e fundamenta pedidos de quebra de sigilo de uma maneira mais objetiva.
Em outra parte do novo regramento, o BC propõe retirar a linha de corte de R$ 10 mil para comunicações obrigatórias das instituições financeiras ao Coaf.

O Coaf é responsável por coletar informações de instituições financeiras para análise de inteligência que auxiliam no combate a práticas criminosas. Dada a relevância que ganhou com a Lava Jato, ajudando no mapeamento de fluxos financeiros de transações ilícitas, foi transferido do antigo Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça pelo ministro Sergio Moro.

Conclusão

Com a mudança na LAI e no monitoramento pelo COAF, casos como as movimentações financeiras de envolvidos na lava Jato e o caso do senador Flávio Bolsonaro, não teriam vindo a tona.

Prisão de Palocci só foi possível porque o COAF encontrou movimentações financeiras estranhas em suas contas
Afinal o que o novo governo teme? Por que essas atitudes esdrúxulas partem de um governo em que o presidente Jair Bolsonaro afirma que seu governo será pautado na transparência e dará ênfase ao combate a corrupção?

A verdade é que a velha política tem muito a esconder e com essas medidas muito será jogado pra debaixo do tapete, por fim, aqueles que votaram em Bolsonaro acreditando em renovação estão diante da política de censura e de volta ao engavetamento por falta de investigação, tudo sob o comando da velha política e seus aliados, Sérgio Moro, o homem que disse uma vez que tornar investigações e grampear a presidente da República era dar satisfação a sociedade começa a se mostrar um verdadeiro pau mandado e Bolsonaro mostra que não tem interesse algum em combater a corrupção e tão pouco ser transparente, como costumamos dizer a Velha política jamais vai mudar o Brasil!

Texto e Edição: Pedro Oliveira

Informações Folha de São Paulo, Estadão e o Globo.



quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA É PENA DE MORTE PARA O TRABALHADOR NORDESTINO.


A reforma não ataca os verdadeiros privilegiados, as ratazanas do poder e a velha política, continuarão a deter as grandes aposentadorias e pior que isso acumularem os super salários que recebem nos cargos distribuídos pelo governo da mamata de Jair Bolsonaro.



O que deve acontecer com os cidadãos Nordestinos caso a reforma seja aprovada?

Caso a reforma seja aprovada os nordestinos não terão como se aposentar, visto a menor expectativa de vida de alguns estados, o cidadão nordestino possui baixa expectativa de vida, seja pela violência que assola a região ou por descaso do governo com o cidadão nordestino, o fato é que o cidadão nordestino terá de trabalhar mais tempo, por mais anos e anos, para no final morrer sem direito a aposentadoria, essa é a verdadeira intenção dessa reforma.

Hoje, mais de 20% dos trabalhadores das Regiões Sul e Sudeste se aposentam por tempo de contribuição, muito antes da idade mínima proposta, e usufruem do benefício por mais tempo, uma vez que têm expectativa de vida maior. Já no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, os trabalhadores se aposentam com uma idade média entre 63 e 64 anos.

Em economias mais desenvolvidas e formalizadas, com maior oferta de emprego com carteira assinada, é mais fácil atingir o tempo mínimo de contribuição ao INSS - pela regra atual, 35 anos para os homens e 30 anos para as mulheres. Assim, a aposentadoria chega mais cedo para esses trabalhadores.

Na Região Sul, por exemplo, a idade média de aposentadoria é de 58 anos, enquanto no Sudeste é de 61 anos, abaixo do registrado nas demais regiões do País e também da idade mínima proposta pelo governo federal.

A expectativa de vida de uma pessoa aos 60 anos e a idade média de aposentadoria permite aos aposentados dos Estados mais ricos usufruírem do benefício por muito mais tempo: 25 anos na Região Sul, ante 16 anos na Região Norte.

Leia a matéria do Diário do Nordeste:  Nordestino se aposenta mais velho



Sertanejos e mais pobres são os mais prejudicados com a reforma da previdência.

A reforma da previdência é um completo descaso com o trabalhador rural, a sociedade que deseja envelhecer com pelo menos a dignidade de seu salário não terá como bancar o constante aumento de remédios e alto custo dos planos de saúde, isso falando da classe média.

O quadro mais alarmante é quando falamos das classes C, D, e E, que são os mais prejudicados com a reforma da previdência, essas classes tendem ter uma menor expectativa de vida e serem as primeiras vítimas da violência, outra armadilha criada para essa classe é o chamado empréstimo consignado, usado por muitos aposentados para arcar com despesas mínimas como remédio e alimentação ou ainda ajudar parentes em dificuldade financeira.

O objetivo final da reforma terá sido alcançado quando garantir uma aposentadoria abaixo de um salário, para estimular o trabalhador aposentado a voltar o mercado de trabalho e assim o assegurado voltar contribuir para previdência.

Existe de fato um rombo na previdência?

A Comissão parlamentar de investigação do Senado apontou que não existe o déficit, o que existe é um mau gerenciamento dos recursos e a sonegação em massa de grandes corporações que juntas devem mais de 4,3 bilhões de reais a previdência.

Outro grande fator que gera o falso rombo da previdência é a vinculação da DRU (Desvinculação de Receita da União),  na prática dinheiro que deveria arcar com a previdência é usado para pagar juros da dívida pública e pagamento de despesas do governo, como pagamento de folha e aí vem a grande rasteira no trabalhador, o dinheiro da DRU é usado para “pagar as contribuições dos funcionários públicos ao INSS” é como se você tirasse o dinheiro do remédio do seu filho para beber cachaça. 


Por que o governo insiste em fazer a reforma da previdência, mesmo o senado mostrando que existem outras soluções?

A reforma da previdência é aguardada pelo mercado especulativo, grandes fundos de pensão, bancos privados e corretoras de valores mobiliários, apostam que a reforma fará com que o brasileiro se aproxime do mercado futuro e de ações e passem a contratar planos de previdência privada para poder complementar a renda de sua família, uma vez que com a reforma aprovada, poucos serão os agraciados com o benefício.
Com essa manobra os fundos de pensão controlados por bancos privados passarão a ter acesso a contas de milhões de pessoas e a gerenciar suas economias de anos ao bem querer dessas instituições, tal modelo foi usado no Chile nos anos 80 e hoje mais de 75% dos aposentados chilenos recebem apenas 30% do valor de um salário e o governo estuda uma contra reforma para poder restabelecer a ordem do sistema previdenciário do país.

A CPI da previdência feita pelo senado mostrou que bastaria para por fim o falso déficit da previdência o bom gerenciamento dos recursos, a cobrança da dívida dos sonegadores da previdência e o fim da utilização da DRU (Desvinculação de Receita da União), que atualmente faz do beneficiário o grande prejudicado na reforma previdência, por fim os mais pobres que arcam com mais de 56% dos recursos da previdência para pagamentos da dívida, sem acesso ao controle de suas economias, o governo que deveria ser seu guardião gasta a revelia sem controle e esse passaria a ser de controle privado, sem nenhuma garantia do trabalhador receber pelo que pagou, como já acontece no Chile.   

Veja a reportagem da BBC sobre o sistema chileno de previdência, modelo que inspirou Paulo Guedes e deve ser acompanhado na reforma da previdência: Como é se aposentar no Chile, o 1º país a privatizar sua Previdência

A criação do sistema de capitalização solucionará o problema da previdência?

Como informamos antes não existe problema na previdência, o que existe são sonegadores e o mau gerenciamento dos recursos ali aplicados, caso o governo implante o sistema de capitalização na previdência, os fundos de pensão e os bancos privados passarão a ter acesso a contas de milhões de pessoas e a gerenciar suas economias de anos ao bem querer dessas instituições, sem que o cidadão possa fazer qualquer intervenção no seu dinheiro, como hoje já acontece no INSS, a diferença é que o governo tem garantias que podem garantir o pagamento do benefício, já os fundos de pensão e os bancos podem falir, o que poderá gerar grandes perdas para os trabalhadores, tal manobra é tão arriscada que membros dos 3 poderes e das forças armadas estão ficando de fora da reforma é uma forma de agradar os militares e comprometer a sociedade aos caprichos dos privilegiados.

Militares, políticos e judiciário são o grande problema da previdência.

Militares da reserva e reformados das Forças Armadas ganham em média, por mês, R$ 13,7 mil de benefício. O gasto médio com os pensionistas militares foi de R$ 12,1 mil. Aposentados e pensionistas civis da União custaram R$ 9 mil mensais em 2018, enquanto no INSS, o benefício médio é de R$ 1,8 mil mensais. As despesas com militares chegam a cifra de R$ 42,614 bilhões, Em auditoria recente, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que 55% dos militares das Forças Armadas se aposentam entre os 45 anos e os 50 anos de idade.

A remuneração média dos aposentados nos poderes Judiciário, Legislativo e Ministério Público é outro gargalo na previdência.

Outra categoria de aposentados que não tem do que reclamar são os inativos do Judiciário que recebem em média R$ 18.065,40, enquanto no INSS, o aposentado comum recebe em média é R$ 1,8 mil. 

Outro descalabro vem do Ministério Público onde a média paga aos aposentados é de R$ 14.656,32.

No legislativo, onde só se fala da reforma da previdência, o rendimento médio é de R$ 26.833,48 que são pagos aos inativos, enquanto isso arquitetam lascar o pau no povão que tem que se contentar com R$ 1,8 mil.

Já no poder executivos os gastos com aposentadoria são mais modestos que os demais poderes e os aposentados recebem em média R$ 8.477,59, o que ainda assim é muito, se comparado que boa parte da população em especial Norte e Nordeste vivem com apenas um salário.





Leia a reportagem do Valor econômico: Aposentados do legislativo,MP e judiciário ganham mais que ativos



Conclusão


A reforma da previdência é desnecessária e visa manter os privilégios dos grandes salários e sacrificar ao povo nordestino e nortista a continuarem bancando aos maiores beneficiários da previdência, que são os cidadãos do Sul e Sudeste, uma vez que os mesmos possuem uma maior expectativa de vida e usufruem do benefício por mais tempo que os cidadãos do Norte e Nordeste,  a reforma da previdência é criminosa quando entrega de mão beijada ao mercado especulativo o controle das contas de milhões de pessoas sem que haja a garantia de que esses benefícios serão pagos por essas entidades privadas, tudo não passa de uma armadilha montada, uma vez que a própria CPI do senado mostrou que não existe o déficit e que apenas poucas classes de trabalhadores serão poupados da reforma, garantindo assim a grande sobrevivência da casta, as custas do povo pobre e trabalhador em especial do sertanejo nordestino. 

Texto e Edição: Pedro Oliveira

Informações: Folha de São Paulo, Valor econômico, O Estadão e Diário do Nordeste

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