quinta-feira, 15 de novembro de 2018

@LTERNATIVA: SAÍDA DE MÉDICOS CUBANOS É O INICIO DO RETROCESSO PROPOSTO POR BOLSONARO.

Durante anos de governos desastrosos e acordos espúrios da velha política o Sistema de saúde pública do Brasil afundou no mais perverso caos, uma crise jamais solucionada, pode-se dizer que ironicamente a saúde brasileira vive na UTI, em completo estado de coma, aguardando apenas alguém desligar os aparelhos.

Bolsonaro causa problema que parecia superado e saúde do brasileiro volta a ser esquecida pela velha política.

Numa ação de desespero e talvez no último recurso possível naquele momento o Partido dos trabalhadores, lançaram a política do programa mais médico trazendo profissionais de diversos países para atenderem no mais remotos municípios dos estados onde a precarização da saúde era impossível de se imaginar para as classes dominantes.

O Impacto do programa mais médico para os brasileiros? 


Atualmente o programa conta com cerca de 18 mil profissionais, sendo 8500 médicos cubanos e 8459 médicos brasileiros formados no Brasil ou no exterior e 483 estrangeiros de outros países. Os médicos cubanos estão em 2885 municípios do país, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis: norte do país, semiárido nordestino, cidades com baixo IDH, saúde indígena e periferias dos grandes centros urbanos. 1575 desses municípios só possuem médicos cubanos, 700 deles tiveram um médico no próprio município pela primeira vez. Existem 300 médicos cubanos atuando nas aldeias indígenas (DSEIs), isso representa 75% dos médicos que atuam na saúde indígena de nosso país. Os locais onde os cubanos atuam foram oferecidos antes a médicos brasileiros, que não aceitaram trabalhar lá. Em 5 anos de Programa Mais Médico nenhum edital de contratação de médicos brasileiros conseguiu contratar essa quantidade de profissionais, o maior edital contratou 3 mil. 
sem médicos cubanos povo voltará a sofrer escassez médica

Qual a realidade do programa mais médico para os cubanos?

O programa mais médico é um modelo usado com sucesso em outros países e Cuba é a nação que mais exporta médico para o mundo, seu programa de formação e eficiência nos casos de atendimento personalizado levou o Brasil a aceitar a forma de contratação dos médicos no mesmo modelo internacional, onde partes dos recursos são utilizadas pelo governo cubano para o desenvolvimento de pesquisas e formação de novos médicos, embora seja algo contraditório que um médico trabalhe e parte de seus honorários seja destinado a um programa de desenvolvimento, a ação é vista pelos próprios médicos como uma forma de pagamento pelo o que o governo investiu em sua formação, mas esse não é o tema central dessa reportagem e por isso não aprofundaremos no assunto.

Quem perde com a saída dos médicos cubanos?

Quem perde é sem dúvida os cerca de 63 milhões de pessoas atendidas por esse programa. Essas pessoas precisam se mover.


Viés ideológico é colocado acima da necessidade do povo 
Qual o impacto da saída dos médicos cubanos do programa?

A vitória de Jair Bolsonaro  e suas decisões de viés ideológico colocam em risco a saúde de milhares de pessoas em mais de mil municípios que ficarão desassistidos do programa mais médicos, muitos deles onde o único médico é justamente o cubano, a saída desses profissionais traz o Brasil a uma realidade triste e de pura calamidade.
Sem o médico cubano  vários tratamentos já em andamento e com acompanhamentos desses profissionais serão encerrados, deixando a população desamparada, novas filas para atendimento serão criadas e o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas encerrados, tudo por birra ideológica daquele que deveria ser o primeiro interessado em resolver os problemas da população.

Saída dos médicos cubanos não será benéfico para cidadãos do Norte e Nordeste.

A velha política diz que , nada vai mudar para os cidadãos do Norte e Nordeste, sem nenhum plano de investimento em saúde por causa do congelamento o de gastos impostas pelo presidente Michel Temer, os ataques aos direitos dos cidadãos de terem acesso a saúde nessas regiões, serão ainda maiores com a saída dos médicos cubanos.
No Nordeste alguns municípios da região, médicos cubanos chegam a ser 80% dos profissionais. Conforme noticiou o Jornal Folha de São Paulo na reportagem Pequenas cidades do Nordeste temem apagão médico.


Veja alguns estados que serão afetados de forma brusca

Acre perde 104 profissionais com saída de Cuba do programa Mais Médicos no Brasil, profissionais  que atuam em 20 municípios acreanos e dois distritos indígenas. O efetivo representa 63% dos médicos atuando pelo programa no estado, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Somente na Bahia, há 846 médicos cubanos atuando em 313 municípios, o que equivale a 20% dos médicos que atuam na atenção básica. A saída deles fará com que a cobertura de atenção básica no estado caia de 63% para 43%.

No Piauí, por exemplo, há 202 profissionais em 101 municípios piauienses e, em alguns destes lugares, o médico cubano é o único responsável pelo atendimento a população.

O Ceará deve perder 448 profissionais que atuam em 118 municípios. O efetivo representa 36% dos médicos atuando pelo programa no estado.
No município de Chã Preta (a 101 km de Maceió), três dos quatro médicos do Programa de Saúde da Família são cubanos.


A velha política destrói um programa que estava dando certo

Jair Bolsonaro nem assumiu e já causa estragos na vida do cidadão brasileiro, para quem possui o plano de saúde e não precisa do atendimento o impacto não será sentido, mas a cada dia aumenta o número de brasileiros que não são atendidos pelos planos de saúde e com menos empresas aderindo a contratação de planos para funcionários logo esse impacto será sentido por milhares de brasileiros, o discurso de Bolsonaro que os médicos brasileiros poderão suprir essa necessidade é uma verdadeira falácia, nos últimos 5 anos o programa mais médicos abriu diversos editais sem jamais conseguir cobrir as vagas, essas vagas foram cobertas justamente por médicos cubanos o viés ideológico já faz vítimas e infelizmente as vítimas são sempre os mais pobres.

O @lternativa defende a continuidade do programa e que o governo brasileiro abra um canal de dialogo conforme prometido pelo presidente eleito, sem viés ideológico.
Não adianta fazer um grande plano de reestruturação da saúde sem acabar com o problema, não adianta o governo apostar em formação de novos profissionais se os mesmos não estivem dispostos a encararem os desafios da profissão.
Novamente nos perguntamos o país pode melhorar e ver a mudança quando o povo está fora do orçamento?

A resposta é Não. 

Apostar numa quebra de braço com Cuba pode parecer vantajoso para quem discorda do regime cubano, para quem o apoia é algo terrível e patético, o problema é que nessa quebra de braço o povo brasileiro será o único derrotado, sem médico, sem atendimento e sem um sistema de saúde capaz de suprir a necessidade do povo, amarguraremos um duro e árduo tempo de escassez de mão de obra e mesmo formando uma grande quantidade de médicos sabemos que a maioria deles não quer ir para longe dos grandes centros urbanos.

A velha política jamais vai mudar o Brasil, acompanhe nossa próxima reportagem para entender nossa proposta para a reestruturação da saúde brasileira e novos modelos de gestão hospitalar.


Texto: Pedro Oliveira

Edição: Ana Karine

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